ESTUDOS BÍBLICOS

Monday, November 16, 2015

Humildade: o mesmo sentimento de Cristo Jesus!

“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,

Em tempos que o orgulho deixou de ser um vício para se tornar uma “virtude”. Na cultura dos winners (vencedores) versus loosers(derrotados), a lição da vida de Jesus compreendida pelo apóstolo Paulo soa como uma ofensa aos valores Pós-Modernos.

Esse texto de Filipenses nos leva a refletir o tipo de cristianismo que estamos vivendo cuja mensagem central abandonou o evangelho da graça para uma busca por realização pessoal. Como uma fórmula mágica, as pessoas têm procurado o segredo do sucesso, ou seja, como ter prosperidade, como ser uma pessoa que vive seu potencial no máximo, etc.

Na contramão dessa corrente, ter o sentimento de Jesus implica em não apegar-se na sua condição, não se fiar no seu ego, na sua auto-imagem, mas é se despir de seustatus e viver para servir os outros.

Sucesso na vida com Jesus não está relacionado na quantidade de seus bens ou no seu bem estar, mas no quanto você se entrega, em amor, pelos outros.

Que tenhamos o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus!

Sunday, August 23, 2015

SOLIPSISMO – UMA FILOSOFIA DA SOLIDÃO

por Juliano Henrique Delphino

E Deus perguntou: Quem lhe disse que você estava nu? (Gênesis 3:11a)

A solidão é o que faz o indivíduo. 

Uma filosofia da solidão pressupõe que para além de nós só existe as nossas experiências. O que me faz ter certeza de que o que está aí fora realmente existe além da minha cabeça? Seria possível eu conhecer o objeto? A inacessibilidade do númenos (as coisas em si) é evidente quando percebo que tudo o que eu conheço advém dos fenômenos, ou seja, não conheço as coisas em si, mas como elas se manifestam.

O que garante que todos nós não somos esquizofrênicos? E se tudo que nos cerca não existir de verdade e todas as nossas experiências não passarem de simples sensações oriundas de objetos alucinados? Se pudéssemos trocar as nossas mentes, será que o azul que eu vejo é o mesmo azul que você vê?

No final, o que nos dá segurança é uma pretensa intersubjetividade, ou seja, uma concordância com o resto das pessoas de que aquela experiência é igual para os outros. E se todos os Outros forem meras projeções do seu Eu?

Se já não posso ter tanta certeza do que é empírico, pois tudo está suspenso, como posso dirigir minha vida baseada no “científico”? E se a verdade for transcendente?

Como afirma o aforismo 5.62 do Tracatatus Logico-Philosophicus, de Wittgenstien, “ que o mundo é o meu mundo, se revela no fato de que que os limites da linguagem (a linguagem que apenas eu entendo) significam os limites do meu mundo."

A solidão é o que faz o indivíduo, mas Deus é quem fez o homem!


E Deus perguntou: Quem lhe disse que você estava nu? (Gênesis 3:11a)



Fé Renovadora que Refaz o Sacerdócio (Zacarias 3:1-9)

Monday, February 02, 2015

A Busca do Jesus Histórico é uma Aberração

Quero abrir essa reflexão com uma afirmação categórica: a visão da "Busca do Jesus Histórico" é absurda! 

Iniciada a partir da teologia liberal europeia do século XIX, notadamente a escola crítica, alguns teólogos começaram a saga de encontrar o "Homem Jesus de Nazaré Real", afastando os elementos "fantásticos" dos evangelhos uma vez que o "mito" era uma forma primitiva de explicar os fenômenos da natureza.

A partir de uma leitura seletiva do Novo Testamento onde compete ao exegeta excluir os elementos improváveis desmistificando os textos bíblicos, o objetivo era descrever o Jesus ser humano, com sua historicidade, que viveu no início da Era Comum.

O mito, para o homem contemporâneo, é algo a ser eliminado por conta de sua falsidade. Ocorre que, a palavra mythos, originalmente, difere em demasia do sentido a ela hoje atribuído. Significava narrativa, com suas verdades fáticas, intersubjetivas e emocionais. Mais do que uma história, é manifestação de uma coletividade. O poder do mito está na verdade social que ele expressa. Tão forte e tão presente que objetividade e subjetividade se confundem.

Muitas vezes figuras imaginárias são criadas para expressar valores profundos. Em outas, surgem pessoas com uma capacidade de impactar de tal forma o mundo, radicalizando-o, que a sua própria existência altera o rumo da história, alterando a "narrativa".

Ora, utilizando a palavra em seu significado original, todos os personagens históricos importantes só assim o são por conta do mito que surge inerente aos seus feitos, de modo que se tornam indissociáveis.

Ninguém fala sobre a busca do Sócrates histórico, busca do Moisés histórico ou, para utilizar um exemplo contemporâneo , a Busca do Hitler histórico. Ao tentar desmistificar Jesus não sobra nada de "histórico" para encontrarmos. O fato é que os milagres de Jesus são inaceitáveis para a ciência moderna de modo que essa "busca" é apenas uma forma de torna-Lo aceitável fora de seu contexto religioso. E fazer isso é o mesmo que tentar fazer Hitler aceitável fora de seu contexto político.

Separar o Cristo de Jesus é o mesmo que separar o Holocausto ou o Nazismo de Hitler. Pouco sobra! Essa atitude pode ter muito de ateísmo e ceticismo, mas nada tem de histórico.